Diga 'não' ao ressentimento
O verdadeiro perdão brota de Deus
Primeira Parte !
Segunda Parte !
Morreste por mim numa cruz e agora és meu eu sou Teu, Tu és meu e isso me basta!Tu vieste a mim, o que posso eu querer Senhor ?
Deus te enviou, meu amigo,
sei que em ti posso confiar.
Amor sincero eu sei que ao teu lado posso encontrar,
Pois aprendi a ser feliz e hoje posso perceber
Que a vida é muito mais que só viver.
Amigo fiel, te trago em meu peito,
por ti vou à luta, venço todo o medo.
Consolo do Pai, bem mais que um abrigo,
pois Deus te escolheu, meu amigo.
Nem mesmo a distância fará essa amizade em mim morrer.
Nem qualquer pessoa ou qualquer razão
me fará deixar de ser sempre
Teu verdadeiro irmão.
Luana Batista Dos Santos
Desde o início, a Igreja foi perseguida. São Justino foi um grande filósofo e um grande estudioso da Filosofia e da Palavra de Deus. E só encontrou uma verdade: Jesus Cristo! E se tornou mártir, porque quis mostrar ao mundo que Jesus Cristo é o Senhor. Olhando para todas as perseguições pelas quais ele passou, percebemos que não há diferenças entre a época em que ele viveu com a de agora, pois também vivemos num tempo de perseguição. Basta entrar nos cinemas para ver que muitos filmes têm como objetivo principal acabar com nossa fé.
As coisas não mudaram, a cada momento enfrentamos a ira daqueles que não querem ver o Evangelho sendo anunciado. Isso nos ajuda a não nos esquecermos de que o servo não é maior que o Seu Senhor. E se Jesus, que é o Nosso Senhor, morreu, quem dirá nós.
Hoje, somos convidados para assumir uma postura diferente diante da sociedade. Quantos amigos perdemos para o mundo por terem se deixado levar por diversas ideologias? O cristão é aquele guerreiro que nada contra correnteza.
O homem tem a ânsia de ser feliz, e quer, sinceramente, preencher o vazio que há em seu coração. Mas muitos homens de hoje estão se alimentando do lixo da idolatria, que foi tão combatida por São Justino. Não podemos alimentar a nossa fé e a nossa caminhada com o "lixo" do mundo. Não podemos nos esquecer de que a verdade é Jesus. Quando nos encontramos com esta verdade, o "mundo" vem cheio de ira para cima de nós.
Olhando para o livro dos Atos dos Apóstolos, encontramos as características dos primeiros cristãos: a alegria, a fração da Eucaristia, o amor fraterno, a partilha dos bens... Hoje é lamentável ver que estamos perdendo essas características.
Muitos cristãos têm andado cabisbaixos por aí, esquecendo-se de buscar o Senhor de todo o coração. A idolatria está tomando conta de nossas casas, muitos têm trocado o crucifixo e as imagens de santos por objetos de superstição.
Vivemos no caos, porque nos esquecemos de nossa essência. Quando perdemos a dimensão de que fomos escolhidos e acolhidos por Deus, não conseguimos enxergar a felicidade e a salvação.
Os mártires não olharam para a perseguição nem para o martírio. Eles não retrocederam no seu testemunho em Jesus por medo de serem julgados pelos homens. Muitas vezes, somos levados a olhar somente para os nossos problemas, para as nossas fraquezas e não conseguimos olhar para Cristo.
O cristão não pode se perder em meio às suas dores, pois ele é em Cristo mais que vencedor! Somos chamados por Deus para, neste tempo, dizer corajosamente que somos de Cristo!
Se quisermos ter a vida em nós mesmos, vida plena e a vida eterna, se queremos ressuscitar com Jesus no último dia. Precisamos da Eucaristia: comungar freqüentemente e adorar Jesus no Santíssimo Sacramento, para vencer com Jesus e ressuscitar no último dia.
Participando vivamente do sacrifício da missa, onde Jesus renova para nós o mesmo sacrifício do calvário e comungando Seu corpo e sangue, teremos a vida eterna e a certeza de que Ele nos ressuscitará no último dia.
Em cada missa Jesus nos faz esse convite: "Eis que estou à porta, e bato. Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele comigo".
É por isso que nossa participação na celebração eucarística, precisa ser profunda e fervorosa, pois é o próprio Jesus que se dá nessa ceia.
Nesse mesmo trecho do Apocalipse, o Senhor nos diz: "Quanto a mim, repreendo e corrijo todos a quem amo. Sê, pois, fervoroso e arrepende-te!".
Cremos, que em cada missa, Jesus renova o Seu sacrifício aquele mesmo sacrifício realizado por nós no calvário. Mas, infelizmente, a nossa fé não tem sido traduzida em atos.
A ordem de Deus, através da Palavra, é "se pois, fervoroso e arrepende-te". Temos sido muito relaxados. Muitas pessoas vão à missa mas não participam, não se colocam inteiramente na celebração, estão somente de corpo presente, vão só por obrigação.
Nossa mentalidade precisa ser mudada! Em cada missa o Senhor quer cear e ter um contato íntimo, conosco. A missa é um banquete íntimo, onde Jesus põe sobre a mesa o Seu próprio corpo e Seu próprio sangue. É mais do que um banquete, é um sacrifício.
"A missa é ao mesmo tempo e inseparavelmente o memorial sacrifical no qual se perpetua o sacrifício da cruz, e o banquete sagrado da comunhão no Corpo e no Sangue do Senhor. Mas a celebração do Sacrifício Eucarístico está toda orientada para a união íntima dos fiéis com Cristo pela comunhão. Comungar é receber o próprio Cristo que se ofereceu por nós" (Catecismo da Igreja Católica n.1382).
Jesus renova o Seu sacrifício para nós pessoalmente, para nós como família, e para nós como Igreja. Temos o privilégio de receber Jesus na Eucaristia. Precisamos valorizar esse tesouro.
Os primeiros cristãos celebravam a Eucaristia até mesmo nos tempos difíceis de perseguição. Faziam isso de forma clandestina, às escondidas. A Eucaristia era levada também àqueles que não podiam estar na celebração, porque estavam longe e não tinham como chegar, ou estavam na prisão esperando o martírio.
Hoje temos muitos Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, que levam Jesus aos hospitais e asilos, para as pessoas que estão impossibilitadas de sair de casa: Jesus quer chegar a todos sem exceção.
São Tarcísio, mártir da Igreja por volta do ano 258, morreu ao tentar levar a Sagrada Comunhão aos cristãos condenados à morte, pela perseguição de Valeriano, imperador de Roma.
Nas prisões, à espera do martírio, eles desejavam ardentemente poder fortalecer-se com Jesus Eucarístico. Esta forma de ministrar a Eucaristia era chamado viático, isto é, "conforto na viagem para a eternidade". O difícil era entrar nas cadeias, para levá-lo.
"Na véspera de numerosas execuções de mártires, o Papa Sisto II, não sabia como levar o Pão dos Fortes a eles. Foi então, que o acólito Tarcísio, com doze anos de idade, ofereceu-se para essa piedosa tarefa. Não faltaram objeções sobre sua idade, mas Tarcísio se dizia preparado e afirmava que, pela sua pouca idade, passaria desapercebido, como um parente próximo das vítimas. Ele ainda dizia: ‘Antes morrer que entregar as Sagradas Hóstias aos pagãos’.
Depois que Josué, no limiar da morte, conclamou o povo, a ser fiel a Deus, e só a Ele prestar culto na terra que Deus lhe dava, o povo respondeu: "A Iahweh nosso Deus serviremos e à sua voz obedeceremos" (Jos 24,24). Mas sabemos que logo após atravessar o Rio Jordão e tomar posse da terra tão esperada, este povo não demorou a render-se aos encantos dos deuses dos cananeus. Isto mostra que não é fácil, também para nós, viver a fidelidade a Deus, pois também, hoje, os deuses falsos nos atraem e querem ocupar o nosso coração. A obediência sempre foi e, sempre será a prova e a garantia da fidelidade.
Foi por ela que Jesus salvou a humanidade, porque fez exatamente o que o primeiro Adão recusara fazer. Na obediência radical a Deus o Cristo desatou o nó da desobediência de Adão e nos reconciliou com o Pai. Da mesma forma, ensinam os santos padres, pela obediência da Virgem, ela desatou o laço da desobediência de Eva que lançou a humanidade na danação. A partir daí, a obediência a Deus passou a ser a marca principal daquele que crê. Ela é o melhor remédio para os males que o pecado original deixou em nossa natureza: orgulho, vaidade, presunção, auto-suficiência, exibicionismo, etc.
O profeta afirma que: "A obediência é melhor do que o sacrifício" (ISm 15,22). E Thomas de Kempis, na "Imitação de Cristo", assegura que: "Obedecer é muito mais seguro do que mandar". No pátio da Academia Militar das Agulhas Negras, está escrito, para que os cadetes leiam todos os dias: "Cadete, ide comandar, aprendei a obedecer!" Se a obediência é tão necessária para com os homens, quanto mais para com Deus. A outra característica da fidelidade a Deus é o firme propósito de servir-Lhe sempre e com perseverança e reta intenção, mesmo nos momentos mais difíceis. Como agrada a Deus o filho fiel! O profeta diz: "Iahweh guarda os passos dos que lhe são fiéis" (IISm 22,26). E o Senhor Jesus disse: "Muito bem, servo bom e fiel! Sobre o pouco foste fiel, sobre o muito te colocarei. Vem alegrar-te com o teu Senhor" (Mt 25,21). Tudo o que recebemos de Deus nesta vida, é este pouco sobre o qual é testada a nossa fidelidade a Deus.
Ser fiel a Deus é ser obediente as Suas leis, a Sua vontade e servir-Lhe com toda a alma. Santo Inácio de Loyola afirmava que viver bem é "amar e servir a Deus nesta vida". Jesus disse aos Apóstolos na última Ceia: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14,15). Portanto, amar a Deus, mais do que um sentimento, é uma decisão: guardar os Seus mandamentos, cumprir a Sua vontade. "Nem todo aquele que diz, Senhor, Senhor,... mas aquele que faz a vontade de meu Pai" (Mt 7,21). Dessas palavras, fica claro que amar a Deus é viver os Seus ensinamentos.
(...) A fidelidade está muito ligada à perseverança e à paciência. Santo Agostinho disse: "Os que perseveram em vossas companhias sejam vossos modelos. E os que vão ficando pelas calçadas, aumentem vossa vigilância". E o grande São João da Cruz ensinava que: "A constância de ânimo, com paz e tranqüilidade, não só enriquece a pessoa, como a ajuda muito a julgar melhor as adversidades, dando-lhes a solução conveniente. Mas, para que haja serviço a Deus, perseverante e alegre, e para que possamos amar e cumprir os seus mandamentos, é preciso uma vida de piedade, vigilância e oração, sem o que, a alma esfria"
Muitas vezes, deparamos com coisas que nos sentimos incapazes de fazer por conta de nossas misérias. Jesus, no “testamento” d'Ele, nos deixa uma ordem que é o grande desafio da vida de qualquer ser humano: “Amai-vos uns aos outros” (João 15,12). O mandamento do amor, muito mais que uma simples ordem, é um projeto de vida que perpassa a existência de todo homem.
Como imagem e semelhança de Deus, que é amor, o homem tem por vocação amar. Por isso se não a [vocação] cumpre, não encontra em sua vida a verdadeira realização e a felicidade. Amar é a vida do ser humano. Alguém que não ama já está morto.
Mas quem disse que amar é fácil? Quem disse que felicidade e realização são palavras opostas a sacrifício e a sofrimento? Em meio a um mundo hedonista, impregnaram em nossa consciência que felicidade é fazer e viver tudo o que, de alguma forma, não nos custe nada. É por isso que cada vez mais o mundo se torna individualista e a atitude de amar é cada vez mais rara. Amar exige sofrimento, renúncia, martírio.
Se amar é muito mais do que um simples sentimento, é uma decisão e uma atitude de vida, logicamente vai exigir um sacrifício próprio. Muita gente projeta a vida a partir de um desejo, às vezes, um carro, uma casa e sacrifica muita coisa em função disso. Se o projeto próprio dos filhos de Deus é amar, precisamos nos dispor a acolher os sacrifícios próprios dessa decisão.
Somos acostumados a desejar que as pessoas nos amem muito, incondicionalmente, sem olhar para as nossas misérias e limitações. Mas quando chega a hora de amar o outro, colocamos uma série de condições. E o amor incondicional? E o amor oblação? E a alegria maior de dar do que receber? E a verdade que o amor que me cura é o que dou e não o que recebo? Não são simples perguntas, mas uma verdadeira revisão de vida para a qual somos convidados por Deus.
Jesus afirma que se a semente, na terra, não morrer ela não gerará frutos. Amar é morrer! Morrer para as minhas vontades e minhas carências e me decidir em traduzir em ato a vocação que Deus destinou para a minha existência. Não há nenhum ato de amor que não exija de nós o derramar do nosso sangue, um martírio constante que nos leva à oblação e à doação. O amor acarreta sofrimento, cruz, morte. Mas traz consigo redenção, ressurreição, alegria!
Martírio é testemunho. Mártir é aquele que derramou o seu sangue para testemunhar ao mundo um amor maior. É aquele que cumpriu, com excelência, a sua vocação de amar. Em um mundo, que não mais acredita em muitas verdades essenciais, há a extrema necessidade de pessoas capazes de suportar todas as tribulações, de forma a testemunhar que o mandamento do Senhor não é uma utopia. Deus nos chama a sermos hoje mártires do amor, em meio a um povo que esqueceu a sua vocação de amar.
Talvez você esteja sofrendo muito por ter se decidido a amar alguém concretamente e sem esperar nada em troca. Pode ser que a decisão de amar o esteja levando a chorar ao se deitar e a perder noites de sono. Ou então, sua vida se tornou um verdadeiro calvário a partir do momento em que você saiu da teoria e foi colocar a sua vocação de filho de Deus em prática. Louvado seja Deus! Você está se aproximando cada vez mais da meta, da plenitude do verdadeiro projeto de vida que Jesus nos deixou : “Amai-vos uns aos outros, como Eu vos amo” (João 15, 12).
Quando os nossos sofrimentos são causados por atos verdadeiros de amor, eles nos trazem dor, mas trazem também um sentimento de felicidade inigualável. Não uma felicidade aos moldes mundanos, mas a verdadeira felicidade, a verdadeira paz no coração daqueles que realizaram, com aquele sacrifício, a vontade de Deus para a sua vida.
Jesus nos deixou o exemplo da cruz. A cruz é o modelo de amor. Ele nos amou até o fim e nos mostrou que, por amor, somos capazes de levar a nossa decisão até as últimas consequências. Até o derramamento de sangue. Dando literalmente a vida. “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” (João 15, 13).
É hora de pararmos de ficar lambendo as nossas feridas e transformá-las em chagas de amor. Se amar o tem machucado e ferido, você agora tem mais coisas em comum com Jesus. Quando chegar à vida eterna, Ele vai olhar para essas chagas e vai lhe dizer: “Como você é parecido comigo!”. Por isso: não desista de amar! Não desista de testemunhar ao mundo que o amor não é uma utopia, mas uma verdade. Seja onde for que Deus o coloque, seja um mártir do amor. Dê a sua vida pela simples, mas inigualável e heroica decisão de amar sem condições, sem medidas.